30 de set. de 2011

36- DICAS PARA A EDUCAÇÃO ALIMENTAR.

DIVERSIFIQUE SEMPRE OS ALIMENTOS.
   
LEVE O SEU FILHO ÀS COMPRAS E O ENSINE A ESCOLHER.

CUIDADO COMO APRESENTA O ALIMENTO.

PREPARE ALGO COM ELE.

EXPLORE A CRIATIVIDADE.

DEIXE-O EXPLORAR, CHEIRAR, TOCAR, PROVAR.

ENSINE-O O QUE É BOM AO SEU CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.

AJUDE-O A TER ATENÇÃO AO QUE COME E COMO COME.
COMER NA FRENTE DA TV DESFOCA.

FAÇAM DA REFEIÇÃO UM MOMENTO RICO DE APRENDIZAGENS. E, APROVEITE A REUNIÃO DA FAMÍLIA.

28 de set. de 2011

35- MAS MEU FILHO NÃO COME NADA!

Conheço muitos pais que vivem em guerra durante as refeições. Já chegam cansados a mesa, pois sabem as batalhas que os esperam. Os filhos não comem nada, não querem nada, não gostam de nada. Os pais barganham, prometem presentes ou deliciosas sobremesas após o prato findo. Mas, o tempo passa, o prato não esvazia, a paciência esgota-se e logo instaura-se um clima de tensão, briga e desafeto. Muitos pais cedem, e dão ao filho o que ele quer em prol de um encontro mais agradável e rápido. Mas, cuidado, conheci um menino, hoje com 22 anos, que ainda só come arroz com ovo frito. Mas o que fazer? Claro que quanto mais velho, mais difícil mudar, embora não impossível. Vamos primeiro entender o que acontece. A criança não nasce gostando disso ou daquilo. Ela aprende. E quem ensina? É duro dizer, mas se o seu filho não gosta de nada, é bom rever como você está o educando. O que e como tem ofertado? Deixa ele escolher o que quer? Vamos lembrar que para ter esta autonomia é preciso antes conhecer os alimentos e ter noção do que é bom ao desenvolvimento e à manutenção do corpo. Não dá para uma criança pequena decidir o que comer. Oferecer prêmios funciona, mas não é boa estratégia, pois condiciona, não educa. Melhor virar a mesa e recomeçar. De início será difícil, e a criança não irá querer comer. Mas, melhor deixá-la com fome a substituir o prato pelas “porcarias” que ela gosta. Você acredita que um danoninho vale por um bifinho? Mude, insista, persista e verás a diferença.

26 de set. de 2011

34- QUE MAIS BRÓKI!

Conheço uma pequena que está aprendendo a falar. Outro dia, na mesa de jantar pediu à mãe: “Qué mais bróki!” O casal riu, a serviu, e a mãe logo acrescentou: “Melhor filmar a cena, pois em breve ela não irá mais querê-lo.” Que linda a menina e quanta coisa rica neste episódio! Para bom entendedor fica claro que a criança quer mais brócolis. E, que o seu pedido está relacionado ao que ela vem aprendendo, isto é, o que é oportunizado a ela. Como pedir brócolis se nunca viu e/ou provou? Quanto maior a variedade de alimentos ofertada à criança, dentro do que é favorável à sua idade, melhor será o seu desenvolvimento em vários aspectos. Conhecerá mais alimentos, sabores, texturas, cores, formatos, desenvolverá melhor as percepções olfativas, gustativas, além de tantos outras vantagens que sabemos.  Vale lembrar que os pais também comem brócolis, o que é fundamental, visto que as ações dizem mais do que as palavras. E note que os pais jantam com a criança. Sentar a mesa em família é um momento raro de aprendizagens e de desenvolvimentos. Ali a criança aprende da cultura, dos valores, limites, sentimentos, da comunicação, da relação entre pais e filhos. Atente-se a este tempo e faça dele um encontro único. E, a mãe tem razão. É provável que ela negue o brócolis em breve por várias razões. E, será cada vez mais difícil driblar o marketing infantil, o mercado e o lanche dos colegas. Mas, se fizeram boa memória dos alimentos e de seu contexto, elas voltarão. Parabéns à família da pequena.

20 de set. de 2011

33- SEMINÁRIO DE PAIS

Estive este final de semana em Aracajú para palestrar a 250 pais de alunos das escolas do SESI-SE. O encontro estava previsto para Sábado de manhã e já na Sexta estava eu na cidade a sentir o povo, o ambiente, a cultura, a fim de poder aproximar ao máximo a minha fala com a realidade local. Acordei animada, abri a janela e vi o céu cinzento e a chuva forte e fina, que dançava bravamente com os coqueiros ao sabor do intenso vento. Não havia ninguém na rua. Lamentei, mas segui. Estava no mesmo hotel onde seria a palestra. Desci, tomei café e fui logo ao auditório do evento para ligar computador, testar as novas tecnologias que sempre dão trabalho para serem apresentadas. Já eram 8h e não havia quase ninguém. E a chuva apertava. Corri ao quarto, dei as últimas retocadas e desci pronta a começar com quem estivesse. Sempre vale a pena. Mas, quando adentrei no salão principal dos auditórios, ele estava lotado, como num passe de mágica e fiquei encantada com todos aqueles pais desafiando a chuva, sem desistir, qual a Dona Aranha da música. E logo pensei: Já valeu a pena. Foi delicioso compartilhar com aquele grupo, tão sedento de conhecimentos e vontade de acertar com os filhos. Pude vê-los repensando ações, valores, conceitos, refletindo sobre a sua responsabilidade no desenvolvimento do potencial dos filhos.  Mas acima de tudo, pude senti-los emocionados, felizes, engrandecidos e agradecidos. O sol estava ali. Obrigada, Sergipanos, pela manhã tão especial!

16 de set. de 2011

32- PENSAR TAMBÉM SE APRENDE.

Outro dia estive a observar crianças a cantar e a coreografar uma música bem conhecida de quase todos: A Dona Aranha. Animadas, faziam movimentos que acompanhavam o ritmo e interpretavam a música corporalmente. Sou bem a favor dessas práticas, pois hoje sabemos o quanto ajudam na construção, manutenção e evocação da aprendizagem. Mas, não é bom aprender nada mecanicamente, nem a cantar a música. Pelo contrário, devemos aproveitá-la para ensinar à criança, desde pequena, a pensar sobre o que canta, fala, sente e como age. A música diz:

A Dona Aranha subiu pela parede.
Veio a chuva forte e a derrubou.
Já passou a chuva e o sol já vem surgindo
E a Dona Aranha continua a subir.
Ela é teimosa e desobediente,
Sobe, sobe, sobe e nunca está contente.

Se usarmos a ação da Dona Aranha como metáfora ou exemplo, podemos notar que ela vai atrás de sua meta, e não desiste com as adversidades da vida. Seria ela teimosa e desobediente? Ou seria uma aranha de fibra e de garra que sabe o que quer e luta por isso? Ensinar e aprender a dialogar com os estímulos que vêm do mundo são importantes para tomar consciência deles e desenvolver o pensamento crítico e reflexivo, a fim de que a criança não acolha a tudo e a todos de modo passivo e automático. Sou a favor de começar de pequeno. Em tudo, aprendemos a fazer fazendo, e o pensar crítico não é diferente.

14 de set. de 2011

31- PAIS DE VESTIBULANDOS.

Estive ontem à noite em uma palestra para pré-vestibulandos, onde excelentes professores discursavam sobre as causas e as consequências do 11 de Setembro. Fui a convite de minha filha, que vive neste complexo contexto que antecede o vestibular. A plateia estava lotada de jovens, que mesmo após onze horas de aulas, mostravam-se resistentes, atentos, com boas perguntas de tudo o que viam e ouviam. Olhei-os com admiração, pois bem sei o quão difícil é esta fase da vida. Fase de muitas experiências, dúvidas, descobertas, conflitos, angústias, encontros, desencontros, escolhas, muito de tudo e de tudo, muito. Fase em que se quer alcançar o mundo, as pessoas, as ideias, onde se quer “pertencer a” enquanto se descobre quem é. E, nesta atrapalhada vem o vestibular trazendo com ele uma gama de profissões para escolher uma, conteúdos sem fim e pressões por todos os lados e de todos os tipos. Pressão social, física, psíquica, emocional, cognitiva, cultural, escolar, mercadológica, entre tantas, que irão interferir fortemente na escolha profissional. Escolha que influenciará no estilo de vida, de relações, de modos de pensar, agir, sentir do jovem que a escolheu. Não, não é determinante, mas é uma escolha muito séria e que envolve diversos fatores para tão pouco conhecimento de vida! Por isso, neste momento, é bom estar bem próximo, pensar junto nas escolhas, estar pronto a apoiar, ouvir e colaborar para que intensifiquem a confiança, a determinação e a força para seguirem os seus caminhos.

11 de set. de 2011

30- PARINDO UM FILHO NASCIDO.

Estive Sábado em Uberlândia em um Seminário para Pais promovido pelo SESI/FIEMG. Isabel Parolin e eu falamos a pais de 4 cidades de Minas Gerais. Foi muito gratificante e encantador perceber neles a vontade de acertar, de fazer o seu melhor, de querer perceber onde têm errado e como podem acertar. Dizemos em “off”, que os pais que participam são os que mais acertam. E os que mais precisam, nem se dão conta da existência do evento. Afinal, quem trocaria o lazer de um dia ensolarado por um auditório de um evento educacional? E ainda viajar por isso! Claro, pais interessados. O meu tema foi “COMO FACILITAR A EDUCAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS”, o que já pressupõe que ambos precisam ser educados. Afinal, não nascemos pais. Mas, a partir das representações da relação pai-filho que temos, das nossas experiências e alheias, vamos nos fazendo pais enquanto vamos sendo. Então, refletir como fomos educados e como somos convidados a educar, além de buscar conhecer melhor como “funciona” o filho em seus vários aspectos, acaba por facilitar a educação deles.  E, foi disso o que falamos e procuramos aprofundar. As perguntas foram muito boas e pertinentes, mas uma tocou-me profundamente. Metaforicamente uma mãe confidenciou: “É possível parir de novo um filho de 12 anos?” Claro que sim. Importante é tomar consciência do caminho que tem trilhado e ter coragem para recomeçar e acertar, como bem demonstrou a mãe. Que sábado bom! Obrigada Mineiros!

8 de set. de 2011

29- LIÇÃO DE CASA: COMO AJUDAR?

Para aprender é preciso oportunidade e interação com ela.
Para aproveitar a oportunidade é preciso motivação.
Para ter um motivo-na-ação é preciso ter sentido.
Para ter sentido é preciso identificação e utilidade.

Na prática:





O livro é uma porcaria para Calvin, pois ele não faz sentido na sua vida. Não basta a oportunidade. Mas como fazer para que Calvin busque um sentido? A mãe pode ler com ele, ajudá-lo a dar sentido, ensinando-o a identificar, em seu dia-a-dia, o que ele aprende. Como assim? Vamos supor que Calvin precise estudar alguma batalha para a aula de História. A mãe pode relacioná-la ao que acontece nos condomínios, ou na própria escola, ou com os amigos do prédio. Chamar a atenção às diversas batalhas do dia a dia, compará-las com as batalhas que estuda, buscar diferenças, semelhanças, refletir sobre elas. A relação feita vai depender da idade e do conhecimento da criança, mas trazer o conteúdo para a sua realidade ajuda a motivar e dar sentido. Mas lembre-se, não se aprende pelo outro, e nem é bom criar uma dependência entre você e o estudo do seu filho. Invista, comece junto, ensine-o a pensar, a manter a motivação, mas favoreça o desenvolvimento da autonomia.

6 de set. de 2011

28-CRIANÇA DIZ CADA COISA!

PARA DESCONTRAIR
A filha de 4 anos apanha qualquer coisa do chão e encaminha para a boca. A mãe adverte-a, dizendo para nunca fazer isso.
-Mas porquê? – Pergunta a criança.
A mãe responde que se estava no chão, estava sujo e cheio de micróbios.
Nesse momento, a filha olhou-a com admiração e perguntou:
- Mãe, como sabe tudo isso? É tão inteligente...
A mãe responde-lhe:
 - Todas as Mães sabem estas coisas. Quando alguém quer ser Mãe tem que fazer um teste e tem que saber todas estas coisas, se não, não pode  ser Mãe.
Caminharam em silêncio e depois de alguns minutos, depois de pensar no assunto a criança diz à mãe:
- Ah!!!! Entendi!!!!! Se você não passasse no teste, você seria o Papai?