22 de mar. de 2017

196. QUANDO O FILHO MENTE E DESOBEDECE.

Conta uma mãe. “Ele me disse que ia para a casa da tia, mas foi para a casa do amigo. Localizei-o, dei uma bronca e mandei que voltasse para casa imediatamente. Ele disse “Não!” e desligou o telefone na minha cara.” Histórias como estas estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. O que fazer? Pare tudo e analise  a sua relação com o seu filho em vários aspectos e desde os primórdios. Não basta olhar a situação de forma isolada. O que costuma gerar isso? Vou apenas citar 3 atitudes, que já é um grande começo. 1. Mães que fuçam (e esta é a melhor palavra) as coisas dos filhos, os desrespeitam e abrem espaço para serem desrespeitadas. Há maneiras mais nobres de saber o que e com quem seu filho fala e anda. Além disso, esta ação faz da relação um jogo, um jogo tenso, pois a mãe irá usar os dados sem que o filho perceba que ela fuçou nas suas coisas. E assim, o teatro de mentiras começa com a própria mãe. 2. Mães repetitivas e com discursos de “blá blá blá” são cansativas. Parecem torneiras que pingam e irritam. E o cérebro descarta a mesmice. Há maneiras mais agradáveis e úteis de dizer o que se quer dizer, de chamar à responsabilidade e à confiança. Ter um diálogo agradável (ouvir e ser ouvido) ainda é a melhor forma. Seja firme com o que tem que ser, mas sem fechar o canal de comunicação entre vocês. 3. Mães que cobram e fazem chantagem emocional. Isto afasta qualquer filho. É chato. Perguntei ao filho o porque ele mentiu. Ele respondeu: “Por que minha mãe não deixaria eu ir. E eu teria que ficar ouvindo todo o seu mimimi.” Recado dado.

11 de mar. de 2017

195. DIREITOS SIM, DEVERES TAMBÉM.

No pátio de uma escola, dois meninos brigavam de arrancar o couro, enquanto as outras crianças pareciam soprar brasa, inflamando-os. A servente apenas berrava, sem cessar, para que parassem. Até que duas crianças seguraram os conflitantes e desta vez sopravam para esfriar. Perguntei à servente: “Por que não os separou?” E debruçada na vassoura respondeu: “São os direito da criança. Aqui mandam a gente não tocá nelas. Já pensou se vou apartá e deixo o braço do minino roxo? Eles me processam, sabia?”(sic) Direitos das crianças. São tantos! Mas muitas vezes, mal usados, seja pelos adultos que deixam de agir por autoproteção, seja pelas próprias crianças, que muitas vezes se aproveitam deles e ainda citam o Estatuto (ECA), em geral, de forma autoritária e sócio-emocionalmente desequilibrada. Vi, li, ouvi diversas histórias destas. Não nego aqui a importancia dos direitos da criança e do adolescente. Esta é uma vitória de dar alegria. Mas, os direitos só fazem sentido se os deveres estiverem sintonizados, caminhando junto. O problema é que as crianças e adolescentes aprendem mais dos direitos do que de deveres. E fica desbalanceado, inclusive os seus desenvolvimentos. Já é hora de valorizar e ensinar também os deveres. Que tal começarmos pelo respeito ao direito do outro, o respeito às pessoas, inclusive as que são ou pensam diferente de nós evitando brigas. O dever de estudar, de cuidar, de cooperar, de aprender a ser responsável pela própria vida e de assumir as ações. São tantos ainda, mas já temos um bom começo. Direito sim. Deveres também!

1 de mar. de 2017

194. NÃO SE PERCA DE MIM!

Assisti ao tocante filme “Lion:  uma jornada para casa.”. Trata da história real de uma criança que se perde e não tem informações suficientes para ser ajudada a retornar. E por aí segue a história que é de arrepiar! Mas, quão fácil é perder uma criança! Quem já não perdeu ou não foi perdido? Ser ou estar perdido pode deixar uma violenta marca de medo, abandono, solidão, insegurança, vazio, que provavelmente acompanhará o ser ao longo do tempo. É uma experiência regada de instintos e poucos recursos para enfrentar a situação, que podem gerar ene possibilidades de destinos. Melhor evitar que a criança (e você) passe por este estresse, trauma ou mude completamente o seu destino como o de Lion. 
Segue algumas dicas mesmo que o seu filho seja muito pequeno. 
1- Faça-o memorizar o seu número de telefone ou o nome da rua ou do condomínio. Crie uma musiquinha do tipo: “Qual o celular da sua mãe? É XXXX-XXXX”. As músicas ajudam a memorizar e os gestos também. Exagere neles, as crianças gostam. “Perca” tempo com a memorização. E sempre repasse a música com a coreografia criada. 
2. Ensine o nome dos pais e peça para a criança os descrever e já corrija o que for necessário. Pois se o seu filho se perder, a primeira pergunta que farão a ele será sobre vocês. 
3. Quando sairem, independente de celulares, marquem sempre um ponto de encontro caso alguém se perca. Deixe as crianças o escolherem e avalie se está bom. De vez em quando reforce-o. Melhor prevenir do que remediar, já dizia o velho ditado.