4 de set. de 2013

76- EDUCAÇÃO PELO MUNDO.CHINA: VI- E EU QUE ACHAVA DIFÍCIL ALFABETIZAR!


Nosso alfabeto é fonético. Cada letra identifica um som, e não dá nenhuma informação do seu significado. Já a escrita chinesa é baseada em ideogramas, “desenhos” que representam ideias, sentimentos, objetos, etc. Ou seja, cada ideograma tem um significado, mas não um som. E a junção de ideogramas traz novas ideias. Por exemplo: crise é formada pelos ideogramas perigo e oportunidade. Tranquilidade pela junção de ouro e verdade. A dupla repetição do ideograma mulher transforma-se em fofoca. E três deles, confusão. Hum, difícil admitir esta ideia, mas acho que eles têm razão. A escrita é extremamente complexa e quantos caracteres existem é difícil precisar. Mas, o grande dicionário chines de 1990 consta de 8 volumes totalizando 56 mil caracteres. Mas que alivio! Com 3 mil consegue-se ler o básico de um jornal. Eu que achava complicado alfabetizar alguém usando a combinação de 26 letras! A cada ano escolar, a criança é desafiada a aprender 500 novos ideogramas. Mas, tanto trabalho e dedicação serviriam ao mundo atual, digitalizado e globalizado? Difícil convencer um chinês, afinal aprecia em demasia a sua cultura e tradições. Todavia, o mundo online começa a fazê-los perceber que os ideogramas têm sido uma muralha entre a China e o mundo. E, aos poucos aparece a coexistência da escrita alfabética e ideográfica. Irão os ideogramas resistir? O tempo dirá. Mas, no próximo post veremos os benefícios (e dicas) que a escrita ideográfica traz ao desenvovlimento cerebral. Não perca.