3 de jun. de 2015

150. DESCONECTAR PARA CONECTAR.

Visita na casa de alguma avó.
Esses dias recebemos uma mensagem de nossa filha que está há quase um ano na Austrália: “Por aqui está tudo bem, não se preocupem. Mas, vou fazer uma experiência e ficar três dias sem o celular.” Perguntei o motivo e obtive como resposta: “Mãe, eu quero perceber o que estou perdendo ao meu redor enquanto fico conectada ao mundo.” Achei brilhante a sua ideia e visão, mas queria me certificar se havia algum outro motivo. Coisas de mãe. Imediatamente conectei o facetime para me abastecer, acalmar, vê-la e saber mais. Pausa. Viva sim esta tecnologia que tem muitos benefícios. Mas,  encaremos de frente. Estamos viciados nela. E isso tem atrapalhado também a relação entre pais e filhos. Um exemplo? Observe qualquer lugar onde haja família “unida”. Restaurante, shoppings, festas. Em geral, cada um está no seu mundo. E Gabi tem razão: estamos tão plugados que mal percebemos o que e quem está ao nosso redor. Quando saímos em família, em geral, nossas filhas pedem para não levarmos os celulares. Não é maravilhoso? Sinal de que gostam e priorizam a nossa presença e gostam de conversar conosco. Mas isso não é sorte ou surgiu do nada. Investimos para tanto. E é esse desafio que quero propor: desconectar-se um pouco do mundo que está nas mãos para se conectar, sem distração, com a família. Relação entre pais e filhos se aprende e requer atenção, intenção, continuidade, espaço, diálogo, carinho, respeito, prazer, confiança, troca, tempo entre outras construções. Não se dá por um acaso. Atente ao seu redor e não perca a principal conexão.


5 comentários:

  1. Lígia, Excelentes ponderações. De fato precisamos ficar atentos ou a tecnologia tornará a distância entre filhos e pais um abismo cada vez mais difícil de ultrapassar.

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  2. Tantas novas maneiras para nos conectar e, cada vez mais, nos vemos mais desconectados uns dos outros. Muito obrigada pela base que me deu e por ter me ensinado, desde pequenina, a ter um olhar diferente ao mundo ao meu redor. Sou muito grata pela educação que tive. E mais uma vez, obrigada por me orientar nos voos que faço e por acreditar em mim sempre. Te amo e vivo de saudade.

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  3. Anônimo6/05/2015

    Aos meus 45 anos sei que não estou pronta para me desconectar. Parabéns Gabriela! Parabéns Lígia pela educação dada.
    Edna Soares

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  4. Anônimo6/05/2015

    Desconectando...
    Muito bom o texto, Lígia Pacheco. E os da Revista Pais & Filhos estão maravilhosos também. Seguindo-a.
    Vera Alice

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  5. Anônimo6/10/2015

    A relação que você tem com suas filhas é linda.
    Parabéns!
    Fabio Lima

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