Visita na casa de alguma avó.
|
Esses dias recebemos uma mensagem de nossa filha que está há quase um
ano na Austrália: “Por aqui está tudo bem, não se preocupem. Mas, vou fazer uma
experiência e ficar três dias sem o celular.” Perguntei o motivo e obtive como
resposta: “Mãe, eu quero perceber o que estou perdendo ao meu redor enquanto
fico conectada ao mundo.” Achei brilhante a sua ideia e visão, mas queria me
certificar se havia algum outro motivo. Coisas de mãe. Imediatamente conectei o
facetime para me abastecer, acalmar, vê-la e saber mais. Pausa. Viva sim esta
tecnologia que tem muitos benefícios. Mas, encaremos de frente. Estamos viciados nela. E
isso tem atrapalhado também a relação entre pais e filhos. Um exemplo? Observe qualquer
lugar onde haja família “unida”. Restaurante, shoppings, festas. Em geral, cada
um está no seu mundo. E Gabi tem razão: estamos tão plugados que mal percebemos
o que e quem está ao nosso redor. Quando saímos em família, em geral, nossas
filhas pedem para não levarmos os celulares. Não é maravilhoso? Sinal de que
gostam e priorizam a nossa presença e gostam de conversar conosco. Mas isso não
é sorte ou surgiu do nada. Investimos para tanto. E é esse desafio que quero
propor: desconectar-se um pouco do mundo que está nas mãos para se conectar, sem
distração, com a família. Relação entre pais e filhos se aprende e requer atenção,
intenção, continuidade, espaço, diálogo, carinho, respeito, prazer, confiança,
troca, tempo entre outras construções. Não se dá por um acaso. Atente ao seu
redor e não perca a principal conexão.
Lígia, Excelentes ponderações. De fato precisamos ficar atentos ou a tecnologia tornará a distância entre filhos e pais um abismo cada vez mais difícil de ultrapassar.
ResponderExcluirTantas novas maneiras para nos conectar e, cada vez mais, nos vemos mais desconectados uns dos outros. Muito obrigada pela base que me deu e por ter me ensinado, desde pequenina, a ter um olhar diferente ao mundo ao meu redor. Sou muito grata pela educação que tive. E mais uma vez, obrigada por me orientar nos voos que faço e por acreditar em mim sempre. Te amo e vivo de saudade.
ResponderExcluirAos meus 45 anos sei que não estou pronta para me desconectar. Parabéns Gabriela! Parabéns Lígia pela educação dada.
ResponderExcluirEdna Soares
Desconectando...
ResponderExcluirMuito bom o texto, Lígia Pacheco. E os da Revista Pais & Filhos estão maravilhosos também. Seguindo-a.
Vera Alice
A relação que você tem com suas filhas é linda.
ResponderExcluirParabéns!
Fabio Lima