Conta uma mãe. “Ele me disse que ia para a casa da tia, mas foi para a
casa do amigo. Localizei-o, dei uma bronca e mandei que voltasse para casa
imediatamente. Ele disse “Não!” e desligou o telefone na minha cara.” Histórias
como estas estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. O que fazer? Pare
tudo e analise a sua relação com o seu
filho em vários aspectos e desde os primórdios. Não basta olhar a situação de
forma isolada. O que costuma gerar isso? Vou apenas citar 3 atitudes, que já é
um grande começo. 1. Mães que fuçam (e esta é a melhor palavra) as coisas dos
filhos, os desrespeitam e abrem espaço para serem desrespeitadas. Há maneiras
mais nobres de saber o que e com quem seu filho fala e anda. Além disso, esta
ação faz da relação um jogo, um jogo tenso, pois a mãe irá usar os dados sem
que o filho perceba que ela fuçou nas suas coisas. E assim, o teatro de
mentiras começa com a própria mãe. 2. Mães repetitivas e com discursos de “blá
blá blá” são cansativas. Parecem torneiras que pingam e irritam. E o cérebro
descarta a mesmice. Há maneiras mais agradáveis e úteis de dizer o que se quer
dizer, de chamar à responsabilidade e à confiança. Ter um diálogo agradável
(ouvir e ser ouvido) ainda é a melhor forma. Seja firme com o que tem que ser,
mas sem fechar o canal de comunicação entre vocês. 3. Mães que cobram e fazem
chantagem emocional. Isto afasta qualquer filho. É chato. Perguntei ao filho o
porque ele mentiu. Ele respondeu: “Por que minha mãe não deixaria eu ir. E eu
teria que ficar ouvindo todo o seu mimimi.” Recado dado.
Oriento FAMÍLIAS, seus FILHOS e formo PROFESSORES. Este BLOG traz conhecimentos experimentados na minha prática com reflexões e dicas para quem ENSINA e APRENDE. Contato: email: prof.ligiapacheco@gmail.com Instagran: @ligiapa
22 de mar. de 2017
11 de mar. de 2017
195. DIREITOS SIM, DEVERES TAMBÉM.
No pátio de uma escola, dois meninos brigavam de arrancar o couro,
enquanto as outras crianças pareciam soprar brasa, inflamando-os. A servente apenas
berrava, sem cessar, para que parassem. Até que duas crianças seguraram os
conflitantes e desta vez sopravam para esfriar. Perguntei à servente: “Por que
não os separou?” E debruçada na vassoura respondeu: “São os direito da criança.
Aqui mandam a gente não tocá nelas. Já pensou se vou apartá e deixo o braço do minino
roxo? Eles me processam, sabia?”(sic) Direitos das crianças. São tantos! Mas
muitas vezes, mal usados, seja pelos adultos que deixam de agir por
autoproteção, seja pelas próprias crianças, que muitas vezes se aproveitam deles
e ainda citam o Estatuto (ECA), em geral, de forma autoritária e
sócio-emocionalmente desequilibrada. Vi, li, ouvi diversas histórias destas. Não
nego aqui a importancia dos direitos da criança e do adolescente. Esta é uma
vitória de dar alegria. Mas, os direitos só fazem sentido se os deveres
estiverem sintonizados, caminhando junto. O problema é que as crianças e adolescentes
aprendem mais dos direitos do que de deveres. E fica desbalanceado, inclusive os
seus desenvolvimentos. Já é hora de valorizar e ensinar também os deveres. Que
tal começarmos pelo respeito ao direito do outro, o respeito às pessoas,
inclusive as que são ou pensam diferente de nós evitando brigas. O dever de
estudar, de cuidar, de cooperar, de aprender a ser responsável pela própria
vida e de assumir as ações. São tantos ainda, mas já temos um bom começo.
Direito sim. Deveres também!
1 de mar. de 2017
194. NÃO SE PERCA DE MIM!
Assisti ao tocante filme “Lion:
uma jornada para casa.”. Trata da história real de uma criança que se
perde e não tem informações suficientes para ser ajudada a retornar. E por aí
segue a história que é de arrepiar! Mas, quão fácil é perder uma criança! Quem
já não perdeu ou não foi perdido? Ser ou estar perdido pode deixar uma violenta
marca de medo, abandono, solidão, insegurança, vazio, que provavelmente
acompanhará o ser ao longo do tempo. É uma experiência regada de instintos e
poucos recursos para enfrentar a situação, que podem gerar ene possibilidades
de destinos. Melhor evitar que a criança (e você) passe por este estresse, trauma
ou mude completamente o seu destino como o de Lion.
Segue algumas dicas mesmo
que o seu filho seja muito pequeno.
1- Faça-o memorizar o seu número de
telefone ou o nome da rua ou do condomínio. Crie uma musiquinha do tipo: “Qual
o celular da sua mãe? É XXXX-XXXX”. As músicas ajudam a memorizar e os gestos
também. Exagere neles, as crianças gostam. “Perca” tempo com a memorização. E
sempre repasse a música com a coreografia criada.
2. Ensine o nome dos pais e
peça para a criança os descrever e já corrija o que for necessário. Pois se o
seu filho se perder, a primeira pergunta que farão a ele será sobre vocês.
3.
Quando sairem, independente de celulares, marquem sempre um ponto de encontro
caso alguém se perca. Deixe as crianças o escolherem e avalie se está bom. De
vez em quando reforce-o. Melhor prevenir do que remediar, já dizia o velho
ditado.
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