Bel |
Trocando e-mails com Valéria Tavares fui tocada por sua ideia,
profissionalismo e pessoa. Pedi-lhe então que escrevesse um texto para aqui
postar. Ei-lo.
“A Bel nasceu em Londres, e lá era tudo mais fácil. Fiz uma boa rede
de mães e trocávamos não só dicas e conselhos, mas também roupas e brinquedos.
Quando precisava comprar algo, quase sempre escolhia comprar usado. Objetos que
não tinham mais utilidade eram rapidamente passados adiante.
Aí nos mudamos para o Brasil. Foi no susto. Descobri um câncer quando
estava aqui de férias e ficamos para fazer o tratamento. Como não foi uma
mudança planejada, o estranhamento foi grande. Ao olhar a nosso redor, ficamos
assustados com o que vimos: preços surreais e mesmo assim um consumismo
exacerbado. Crianças que de tanto terem tudo não apreciavam nada. Uma cultura
do “é meu” que não dava espaço para uma visão coletiva. Pensamos: não é assim
que queremos criar nossa filha.
Por acaso, essa reflexão se deu na época do aniversário da Bel.
Trouxemos da Inglaterra dois brinquedos incríveis com a certeza de que seriam
um sucesso: um patinete com banquinho e um andador de madeira com blocos. Ela
detestou os dois. Começou a andar só com 16 meses então até lá os brinquedos
não faziam sentido para ela. Viraram decoração. E foi por isso que criamos o
Baú Verde. Alugamos brinquedos para o dia-a-dia de crianças de 0 a 4 anos. São
aqueles brinquedos do dia-a-dia mesmo, super importantes para o desenvolvimento
das crianças mas que são caros e logo são ignorados. O Baú Verde é nossa
contribuição para aqueles pais que, como nós, querem dar diferentes estímulos
para os filhos de uma forma mais consciente e sustentável.
Para conhecer melhor, acesse: www.bauverde.com.br.”
Muito interessante a proposta e seus valores. Apoio.
ResponderExcluirTambém achei muito interessante. Por isso, divulguei. :)
ExcluirEntrei no site e é uma pena que essa ideia só vale para o Rio. Mas é uma ideia ótima que eu também apoio.
ResponderExcluirUm beijo Prô.
Ana Carla da Fafire.
Ana Carla,
ResponderExcluirVamos pensar que por enquanto é só no Rio, certo?
beijo beijo
Belíssimo texto e reflexão. Quando mais se tem, maior a chance de não valorizar.
ResponderExcluirIncrível projeto ! Parabéns.
Tem muito dos valores que vivenciei lá na Escola Ágora, lembra? E que vejo que deu e dá certo.beios Filhota. Te amo
ExcluirÓtima idéia. As crianças da minha família sempre gostaram de brinquedos usados e simples. Segue aqui uma historinha interessante da minha sobrinha mais velha hj com 26 anos e com dois filhos (Um de 05 anos e uma com quase 02).
ResponderExcluirOs pais dela resolveram não fazer a festa dela de 02 anos, pois fizeram uma muito grande no primeiro ano, aí resolveram levá-la uma loja antiga daqui chamada Mesbla, que era referência em brinquedos de ponta. Com muito dinheiro disponível pediu que ela escolhesse o que quisesse, ofereceram muitos brinquedos, inclusive bonecas que faziam de tudo. E ela olhava, olhava e não se interessava por nada. De repente ela vem de lá com uma caixa de dominó de madeira, daqueles que ainda tem que colar as figurinhas, e foi só isso que quis. E ela brincou e se divertiu com ele durante muito tempo. Não importava o dinheiro e nem as tecnologias ou exuberância das bonecas, foi aquele simples dominó que a fez feliz. Sou fão dela até hoje que se tornou mãe e mulher e com muita responsabilidade e dignidade. Bjs PatVal