Vilma e João Pedro. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) |
Ao assistir ontem este vídeo (link abaixo) no Jornal Nacional fiquei boquiaberta.
Voltei o filme algumas vezes para ver se o que eu tinha visto era mesmo o que
eu tinha visto. Montagem? Não, é Jornal Nacional! Milagre? Sorte? Alto poder de
resiliência?
Trata-se de um atropelamento de uma avó (Vilma Theodoro do Nascimento,
56 anos) com o seu neto (João Pedro Nascimento, 5 anos) em Anápolis-GO. Ela
tinha acabado de pegá-lo na creche. O filme é forte, mas saiba que,
incrivelmente, os dois passam bem, tiveram apenas escoriações leves e já estão
em casa.
Em depoimento, o menino disse que levantou rápido porque ficou
preocupado com a avó. “Eu achei que ela tinha quebrado a coluna e mais algumas
coisas”. Que lindo! E o motorista Henrique Araújo justificou-se dizendo: “Na
hora, não prestei atenção, mas acredito que não estava correndo”. Hum...
Bom que esteja tudo bem, mas podemos aproveitar a cena e levantar
alguns pontos para melhorarmos a segurança da familia.
1. Avó e neto andavam erroneamente pela rua ao invés da calçada, e ela
vinha distraída com a bolsa. Ao andarmos por aí temos que estar antenados a tudo e
a todos para identificar problemas e decidir rapidamente. Atenção é tudo, e o
cérebro só registra uma coisa por vez. Ou bolsa, ou celular, ou filho, ou vitrine ou contexto...
2. A avó andava pelo lado da rua e o menino pelo lado da calçada.
Certo. Sempre é bom colocar o menor em lugar mais protegido.
3. Em geral, situações de risco são rápidas e agimos muito por reflexo,
que nem sempre é bom. Sugiro criar condicionamentos com a familia toda para momentos
em que não há tempo ou equilíbrio emocional para decidir. Simule situações que
você acha importante como incêndio, sequestro, ligar para emergência, e repita
a ação várias vezes. Melhor deixar pronto e engatilhado o que tem que fazer se
tiver que fazer sem pensar.
4. O menino mesmo embaixo do carro levanta a cabeça em busca da avó. É
sempre bom ensinar os filhos a saberem cuidar de si, mas sempre de olho nos
outros também. Cuidar e ser cuidado.
5. Ambos os corpos parecem de certa forma relaxados, como se
acompanhassem o movimento do carro. Isso parece que ajuda bem em toda e
qualquer situação de risco. Resistir, se desesperar, contrair, avançar entre outras
atitudes deixam o corpo rígido, como podem criar tensões que compliquem o
desfecho.
6. Claro que a adrenalina ajudou, mas o menino levanta rápido, corre
para a avó e a analisa preocupado. Mostra que apesar da pouca idade tem uma atitude
muito madura. Posso apostar que ele não é mimado e tem muitas experiências em
que exercita atitudes assim. Isto é uma grande dica.
7. E, por mais que estajamos certos no que quer que estejamos fazendo,
não confiar que a ação do outro vai ser correta é uma boa estratégia de
proteção. Neste caso, não há sinalizações na rua, a calçada está ruim e o
motorista nem lembra se estava correndo.
Mas também, vivamos sem neuras. Viver é um delicioso risco. Todavia,
riscos calculados ampliam as chances de vida. Viva!
Assista ao video:
Paula Penteado
ResponderExcluirIncrível mesmo esse fato. Obrigado por nos presentear com tantas lições úteis e mto bem observadas,. tiradas dessa situação.Bjs
Este video é mesmo incrivel. Mas como diz o texto... é bom não contar com milagres. Qe bom que gostou. E é também, especialmente válido para quem tem rodinhas nos pés. (para bom entendedor, meia pala...) rsrsr beijos
ExcluirAFFFFF QUE FRIO DEU NO CORAÇÃO.
ResponderExcluirUi, frio e arrepio. E depois um prolongado Ufaaaaa!
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