6 de ago. de 2013

74- EDUCAÇÃO PELO MUNDO. EDUCAÇÃO NA CHINA: IV. A INTERNACIONALIZAÇÃO E AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS



Diferente da nossa falsa modéstia e descrença em nosso país, os chineses são autoconfiantes, elogiam a si mesmos, valorizam seu país e seus cidadãos. Analisam-se sem medo, buscam os erros e as melhorias necessárias. Planejam, colocam prazos definidos para resolvê-los e não perdem tempo. Reconhecem que o processo de internacionalização requer mudanças, e iniciam pela educação. Se hoje é raro encontrar um adulto chinês falando inglês, é fácil se deparar com uma criança fluente na nova língua. Além disso, começam a ampliar a visão dos estudantes à diversidade cultural, e os enviam para estudar fora do país tornando-os mais globalizados e mundialmente competitivos. E, ainda que quase tudo o que temos seja “made in China”, e que eles tenham contribuído com grandes invenções como o papel, a pólvora, a bússola, a pipa, o dominó etc, hoje percebem que têm carências para inovar e criar e que a rigidez na educação não tem contribuído. 
Então, sem perder a qualidade e a disciplina, tornam aos poucos as aulas mais dinâmicas, criativas e problematizadoras, e claro, investem na qualificação docente. E nos próximos 10 anos o foco será na Educação Infantil. Já notaram, e muito bem,  que esta é a base para o desenvolvimento humano e, por conseguinte, ao desenvolvimento do país. Não é a toa que a China é hoje a 2ª maior potencia econômica e a 1ª no PISA, um respeitado teste internacional de qualidade educacional. No próximo post, veja que interessante o que priorizam na formação da criança. 

6 comentários:

  1. É assim mesmo. Mais adiante, vou escrever um texto, talvez um ensaio, comentando o que há de certo e de muito errado nessa tão comentada China. Mostrarei porque é muito provável que a China não venha a ser a projetada potência que suplantará os USA. Uma dica: quando a China produzir grandes cientistas, filósofos e pensadores modernos, provavelmente eles irão viver nos USA e contribuir com esta nação. Porque o livre pensamento não floresce nos campos regados com ideologias.
    Dagoberto Pacheco, autor de "New Lessons of Abyss", lançado pela Amazon.com

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    1. Dagoberto, creio que você tem razão. Ainda se vê muito culto a pátria e um grande apego às tradições. Mas, pelo mundo todo há jovens chineses estudando em programas de intercâmbio, tendo acesso ao mundo virtual que na China é bem dificultoso, abrindo suas mentes à novas culturas e modos de ser e viver. Por enquanto, a maioria tem voltado ao seu país. Pode ser que suas previsões estejam corretas. A não ser que estes jovens façam lá nova revolução. Vamos aguardar. bj grande

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  2. Anônimo8/14/2013

    O BRASIL PODERIA VER ESTE EXEMPLO.

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    1. O Brasil somos nós. Assim, podemos aproveitar o que há de bom em cada cultura.

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  3. Anônimo8/14/2013

    É muita pressão em cima deles, coitados. Mas, o nosso país precisava de no mínimo 1/5 dessa pressão pra ser um pais melhor. Que pena que acabou, por hoje. Muito obrigado Ligia pelas aulas fantásticas. Está sendo uma delícia viajar pela China com você. Um grande abraço e sucesso sempre.

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    1. Marcos Paiva, fico feliz que esteja gostando de viajar por esta cultura tão diferente da nossa. É muito bom aprendermos com os erros e acertos de outros povos para abrirmos nossa mente e sermos seres melhores. Ainda postarei algumas curiosidades. Aperte o cinto e voemos.
      Grande abraço

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