24 de nov. de 2011

45- COLUNISTA NA REVISTA PAIS & FILHOS

Olá a todos e a todas!
Aviso que agora além do blog você pode ter um pouco mais de educação entre pais e filhos em minha coluna na Revista Pais & Filhos. Nela, partirei de histórias do cotidiano para discutir conhecimentos, trazer dicas e sugestões que colaboram com esta tarefa tão importante.
No site da revista (www.revistapaisefilhos.com.br) acesse a aba “só no site” e lá me encontrará. A coluna é semanal e toda Quarta-feira haverá novidades. Você pode deixar seu recado, contar suas histórias, dúvidas, vitórias, enfim, compartilhar comigo e com os leitores o que achar que convém.
Conto com a sua participação.
Grande abraço,
Lígia Pacheco

23 de nov. de 2011

44- PASSOU OU REPETIU?

Chega o final do ano. Muitos pais e alunos ficam apreensivos: Passou ou vai repetir o ano? Claro que isto importa, mas há que tomar muito cuidado com o que está acontecendo. Vejo inúmeros pais oferecendo aos filhos presentes caríssimos caso eles passem de ano. E tantos outros, ameaçando os filhos caso repitam o ano. É preciso ficar claro para o seu filho o porquê ela vai à escola e para que ela serve.  E então, que seu filho tenha consciência, assim que possível, de que ele é o responsável primeiro pelo seu desenvolvimento.  Não basta ofertar o melhor, se o filho não sabe aproveitar e se não percebe que para aprender é preciso atenção e interação com o que aprende. Por isso, sou contra a barganha. Afinal, se a escola serve para que ele desenvolva, entre outras funções, é bom que ele perceba que ela é um privilégio em sua vida. Mas, se troco o boletim por presente, a sua meta será outra, isto é, o presente, e não as aprendizagens que o possibilitam ampliar a si e ao mundo. E, se seu filho não vai bem na escola e está prestes a repetir é preciso investigar o porque disto e não simplesmente puni-lo. Vamos supor que ele não goste de estudar. Se isto acontece é bem provável que ele não esteja vendo sentido naquilo tudo. Não se aprende por decreto, nem por imposição. E nem adianta dizer que se ele não estudar não será alguém na vida. Olhe em volta e verá que isto não é verdade. Converse com o seu filho, converse com a escola, ajude-o a perceber o quanto pode ser maravilhoso aprender, crescer e desenvolver.

16 de nov. de 2011

43- A ESCOLHA DA ESCOLA

Se o meio é tão essencial ao desenvolvimento de um filho, uma boa escola torna-se fundamental. Mas como escolhê-la? Já escolhi muitas escolas para as minhas filhas, por mudarmos muito de cidade. Minha filha mais velha acaba de terminar o 3º ano do Ensino Médio em sua 9ª escola. E, creia, temos grande preocupação em escolhê-las. É tão importante que ao chegar na nova cidade, a escola é escolhida antes da moradia, pois sabemos o quanto o trânsito desgasta qualquer ser humano. Além disso, há trabalhos em grupo, atividades extras curriculares, festas de amigos e a logística fica mais fácil quando se tem autonomia para ir e vir. Em cada idade, valorizávamos aspectos diferentes nas escolhas. Mas em todas as fases havia algo em comum: a escola tinha que ter espaço, ser afetiva, preocupada com a construção do ser e do conhecimento (e não a reprodução deles). Ter uma proposta pedagógica que afinasse com a nossa visão de homem e de mundo.  Mas, com o tempo fui percebendo que toda escola tem seus acertos e erros, e que a melhor delas é a própria família, inclusive para consertar erros cometidos pela escola. E, aprendi que de nada vale uma proposta maravilhosa, se o professor não for um encantador de alunos, e se não resignificar a sua prática diariamente. E que importante mesmo é que o filho seja feliz, sinta-se gente e possa compreender e transformar a si, aos outros e ao mundo com respeito, liberdade, autonomia e responsabilidade. Esta é a boa escola para as minhas filhas.

8 de nov. de 2011

42- MÃES DEBATEM A PADRONIZAÇÃO DA ESCOLA

Na página do facebook, uma mãe postou a pergunta curiosa do filho de 4 anos: “Quando o sonho acaba a gente desaparece?” E, questionou para a sua rede social: “Como será que os testes de avaliação padronizados avaliam essas falas tão ricas das crianças?” Uma mãe garante: “Esses testes tiram a possibilidade mínima de inclusão da criança. A padronização só ajudou minha filha a regredir, e muito.“ Outra mãe desabafa: “Meu filho não quer mais ir à escola. Reclama da rotina e está desmotivado.” Acredito que as contribuições prosseguiram. Mas, a fala destas mães já merece especial atenção. Falemos da padronização. Já percebemos que é na diversidade que encontramos as maiores riquezas, mas muitas escolas ainda insistem em formar, isto é, colocar na forma, os seus alunos. E ai de quem não se encaixar ou se moldar na forma pré-determinada! Fica rotulado, marcado, sem auto-estima, sem forma. E regride. Claro, que criança aguenta sentir-se excluída e não pertencente a um grupo? E, quando a criança nem quer mais pertencer a este grupo como tem acontecido ao menino desmotivado? Mas, o que a escola tem disponibilizado a ele? Um ambiente homogêneo, repetitivo e mecânico? Atenção escolas! O cérebro do aluno gosta de novidade, assim como os nossos. Surpreender o aluno e incluí-lo em seu processo de aprendizagem ajuda-o a ter e a manter um motivo-na-ação e a desejar ir à escola. Três crianças diferentes dão, de certa forma, o seu recado. Atentemo-nos a elas.

3 de nov. de 2011

41- TENTE OUTRA VEZ

Educar filhos não é tarefa fácil. É preciso muita persistência e determinação, concorda? E, mesmo quando as temos, nem sempre dá certo e até passa pela cabeça desistir, deixar para lá ou para mais tarde. E eis aí o perigo, pois quase tudo espera, mas o desenvolvimento do seu filho não. Com ou sem o seu consentimento, o seu filho crescerá, e potencializará aquilo que o meio e ele permitiram desenvolver. Se abro mão de educá-lo, alguém tomará a frente, o influenciará, e o educará. Se não educarmos os filhos, o mundo o fará. É bem comum ter vontade de chutar o pau da barraca e desistir. Principalmente se já foi tentado de tudo, e nada dá certo. Calma, você não está sozinho. Há muitos pais querendo desistir, como há os que assim já fizeram. Mas não vale a pena, o trabalho só se postergará e se tornará maior. Pare, acalme-se, respire fundo e visualize o seu foco, isto é, que tipo de filho quer e para que mundo. Há ainda uma boa caminhada. Mas não desanime, perceba os progressos, as vitórias e saiba que não se vence só por acertos. O erro faz parte da aprendizagem. Observe a sua vida e veja como o erro possibilita multiplicar habilidades, criatividade, jogo de cintura, autoconhecimento e desenvolvimento. Errar faz parte do processo humano. Isto vale também para quando aprendemos a ser pai e mãe. Por isso, não desista do seu filho. Errou? Aprenda com o erro, levante, sacuda a poeira, recomece e tente outra vez. Aproveite para ouvir Raul, que dá forças para continuar seguindo.