Um leitor me perguntou: qual das fases de minhas filhas havia sido a mais difícil até aqui, adolescência. É difícil falar em fases de tanto que se misturam. Não as vejo como degraus, mas como uma grande teia de desenvolvimentos, que se amplia, fortalece, ganha complexidade. Mas, cada parte (fase) como interdependente do todo e vive-versa. Mas, respondo: “Até aqui, todas e nenhuma”.
Todas, pois cada “fase” é uma novidade, um campo desconhecido a entrar, a aprender e a se relacionar. Cada uma tem suas particularidades, preocupações, seu jeito de lidar, de desafiar, de ajudar a desenvolver nos vários aspectos da vida.
Nenhuma, pois o desenvolvimento também acontece apesar de nós. E, cada fase é muito dependente da anterior. Assim, se começamos a cuidar do começo, dando uma boa base, o progresso do processo segue num contínuo. Mas, não na inércia. É preciso esforço, intenção, dedicação, persistência, cuidado entre tantos outros. A cada fase acrescenta-se sim aprendizagens e desenvolvimentos, o que parece torná-la mais difícil. Mas também os pais se desenvolvem e amadurecem. E daí dá empate.
Escuto mães dizendo: “Não vejo a hora do meu filho sentar”. E quando ele senta, ela diz: “Não vejo a hora dele andar”. E quando ele anda ... E, por aí segue até que ele bate asas e ela diz: “Não vejo a hora dele voltar!” Calma, curta cada momento! Cada fase tem seus encantos, mazelas e delicias. Agradeça, aprecie e aproveite cada uma. Pois, elas passam sem pedir licença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário