22 de mai. de 2020

231. JOGO É JOGO, FAMÍLIA É FAMÍLIA


Minhas filhas eram pequenas e sempre jogávamos jogos de tabuleiros em família. Tais jogos costumam desenvolver muito o córtex pré-frontal (aquele que nos diferencia dos outros animais) e ótimas habilidades comportamentais (aquelas que nos diferenciam dos outros humanos), além de aumentarem o vínculo da família. Mas, como uma mãe normal, eu costumava deixar as crianças vencerem. Até que um dia, nossa caçula desapontada reclamou com bravura: “Mãe, jogo é jogo, família é família!” O que entendi do recado? Que todo ser humano quer ganhar por merecimento. Não há graça vencer facilmente. O desafio faz parte do nosso desenvolvimento, assim como a autorrealização faz um bem danado a qualquer ser humano. Em segundo lugar, era importante aprender sobre perdas e frustrações afinal, proteger os filhos disso é um grande engano, pois o mundo não os protegerá. E é melhor aprender desde pequeno. A partir deste dia, nunca mais as poupei. E logo, comecei a precisar me empenhar muito, pois já me venciam facilmente. Às vezes até sentia que queriam me poupar, mas daí era a minha vez: “Alto lá! Jogo é jogo, família é família!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário