Estive em São Paulo e a convite
de minha filha mais velha fui assistir uma peça do grupo de teatro da faculdade
ESPM. O assunto me interessava e a companhia das filhas mais ainda. O título da
peça, “Cultivando cactos”, já dizia da relação espinhuda e que requer poucos
tratos. O cacto sobrevive em condições precárias e quase sem alimento, assim
como a relação pais e filhos, que existe e é, com ou sem alimento. A peça foi idealizada
e dirigida pelo professor Otávio Dantas. Achei genial o tema e o processo da elaboração
e de catarse. Os alunos através de suas percepções das relações com seus pais e
de cenas de filmes recriaram histórias que apesar de arrancarem risadas, também
espinhavam, pais e filhos. Várias eram as cenas intercaladas com vídeos: recados reais aos
seus pais, daquelas que são mais fáceis de dizer longe dos olhos. Mas que precisavam
ser ditos e ouvidos. Apelos, descompassos e abismos. Tomara que os pais tenham
assistido a peça e que tenham fervilhado muitos diálogos. Chamou-me a atenção como os jovens vêem os
seus pais e suas relações, além da percepção crítica que têm de si mesmos. Ressalto alguns pontos: O
apelo emocional que tanto pais quanto filhos sabem bem fazer. A reprodução de padrões comportamentais de pais para filhos. A dificuldade dos pais para lidarem com a diferença e a dos filhos para verem os pais como humanos. A consciência do jovem de que a vida lá fora não
é fácil e as artimanhas para ampliar a adolescência. O fortalecimento das mães, que empurram os
filhos para a vida e pressionam os pais para as tomadas de decisões. Entre tanto outros recados. Uma peça para entender mais desta relação e de si. Recomendo os
divertidos espinhos. Parabéns ao grupo Tangerina! Bravo!
Oriento FAMÍLIAS, seus FILHOS e formo PROFESSORES. Este BLOG traz conhecimentos experimentados na minha prática com reflexões e dicas para quem ENSINA e APRENDE. Contato: email: prof.ligiapacheco@gmail.com Instagran: @ligiapa
26 de jun. de 2016
17 de jun. de 2016
182. NOSSO FILHO DIZ DO MEIO EM QUE ESTÁ INSERIDO.
3 de jun. de 2016
181. NOSSO FILHO DIZ DE NÓS.
Este vídeo encontrado no YOUTUBE (cerveja x mamadeira) mostra bem o
quanto nosso filho diz e dirá de nós.
A criança nasce com bem poucas construções. Terá que aprender tudo do
mundo, de si, do outro, de nós. Mas, incrivelmente, nos primeiros dois anos de
vida passa de um ser quase inerte a um ser que, se tiver espaço, estará com
dedo em riste a nos apontar e mandar. Em apenas dois anos! Isto nos mostra o
poder da aprendizagem da criança pequena. Porém, aprende como uma esponja.
Ainda não possui amadurecimento neurológico para refletir sobre o que aprende. E
nem tem bagagem suficiente para fazer escolhas com autonomia. Eis aí o perigo.
Pois, ela aprenderá e construirá a si e o que está ao seu redor a partir das
experiências que o meio, em que se insere, lhe oferta. E sem dúvida, este meio diz
e dirá muito de suas concepções, percepções e ações presentes e futuras. E,
quem é o principal “meio” da criança pequena, aquele que dará a base para as
suas construções? Nós, os pais. Quanta responsabilidade! Assim, sempre é bom ao
educar os filhos, reeducar-nos conjuntamente. Pois, há sempre muitas coisas a
rever em nós e é bom que façamos isso antes dos filhos dizerem de nós.
Neste vídeo, vemos os pais já enganando a criança. E assim, a crinça
aprenderá. E usam a bebida alcoólica como estratégia! E assim ela aprenderá. Será
que é muito difícil perceber que a nossa responsabilidade como pais é imesa!!!!
Cuidemos, pois tudo forma. Trans-forma, re-forma, de-forma... o que irei
propiciar?
Assinar:
Postagens (Atom)