O cérebro é um órgão incrível. Uma de suas características é que não
gosta de mesmice. E convenhamos que o blá blá blá é mesmice e chatice para
todos. Conto-lhes uma história. Minhas filhas tinham 10 e 12 anos e eu estava
cansada de “blá blá blar” sobre as colaborações em casa, que sempre achamos
importante tanto para aprenderem a fazer, como para desenvolverem autonomias e
responsabilidades e se sentirem parte importante da família. Assim, abandonei a
falação e dei início as aulas de percepção. Conto uma delas. Levei-as ao varal
repleto de roupas e perguntei o que viam. Descreveram. Pronto! Final da aula do
dia. Estranharam, mas já me conheciam. No dia seguinte, voltamos ao varal e fizemos
o mesmo. No outro dia, já acharam graça, mas se inquietaram. “Mãe, está tudo
igual! O que é para a gente ver?”, disseram. “Vocês viram exatamente o que era
para ver. O varal está mesmo igual. E que conclusão podemos tirar disso?”, perguntei.
Uma delas disse: “Já sei! As roupas não vão sozinhas para o guarda roupa, né?”
Bingo!!! Agora era preciso outras lições. Mas reforçar também este aprendizado,
não com falação, mas com vida. Pois aprender não é assim tão instantâneo. Em
pouco tempo, lá estavam as roupas de novo esquecidas no varal. Chamei-as até a
lavanderia e comecei a cantar parabéns pedindo-lhes ajuda. “Mas afinal, para
quem é o parabéns?”, perguntaram. Respondi: “Para as roupas no varal. Hoje elas
completam uma semana aí.” Rimos e o recado estava dado. Cometa algumas
loucuras. Tão bom! E bem mais eficientes que o blá blá bla.
Hahahahah! Adoreeeeeii!! Muito bom mesmo!
ResponderExcluirRealmente, às vezes precisamos surpreender as crianças, pra passar melhor o recado.
Você já leu o livro "Como falar para seu filho ouvir e como ouvir para seu filho falar"?
Esse foi o melhor livro de educação de crianças que já li! Ele dá exemplos desse tipo que, a princípio, parece que não vão funcionar ou que agiremos de forma muito artificial, mas comprovei na prática que dão certo!
Com relação às tarefas domésticas, é muito importante mesmo envolvermos as crianças desde cedo, para elas aprenderem a usar a empatia também. Nós pedimos que a Amanda (11 anos) passasse a lavar a louça lá em casa todos os dias desde que a nossa diarista faleceu. Depois de poucos meses fazendo isso diariamente, ela nos falou que nunca tinha pensado nisto antes, mas que agora ficava imaginando o quanto de louça as faxineiras da escola tinham pra lavar todos os dias.
B-jão!
Oi, Ligia!
ResponderExcluirInspirado por esse seu post, hoje o Marcelo falou para a Amanda:
- Amanda, preciso de uma ajuda sua. Suas meias estão lá no varal há alguns dias, e elas me disseram que estão morrendo de frio, coitadas! Elas precisam ir para a gaveta, pra ficarem quentinhas.
A Amanda e a Letícia começaram a rir e fazer gracinhas com essa história, e na mesma hora a Amanda foi lá pegar as meias pra guardar - e ainda fez uma voz fininha, fingindo que as meias estavam agradecendo. Hahahahaha!
Obrigada pela inspiração!
B-jão!
Olá Lígia
ResponderExcluirPostagem muito interessante, gostei de ler. Bjs querida e saudades.
Muito bom, adorei as experiências!
ResponderExcluirPaula Dantas
Lígia gostei da experiência com suas filhas.
ResponderExcluirEnedina Ferreira
Legal.minha loucura é quando pego o cinto, de repente eles lembram de tudo a fazer.
ResponderExcluirRosângela Borges
Olha aí Paula Alves exemplos para agirmos com nossos meninos...
ResponderExcluirPatricia Brito
Genial! E simples!
ResponderExcluirLuiz Felipe Botelho
É mesmo, não adianta o bla bla bla, reclamar, falar repetidamente, nós mesmo não gostamos, o receptor quer algo agradável aos ouvidos. Quando algo é tarefa? Ficamos logo frustrados, a melhor forma é mostrar as responsabilidades e em seguida mostrar as consequencias se não forem cumpridas.
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