7 de jan. de 2015

133. EDUCAÇÃO PELO MUNDO: ÍNDIA E SUAS CURIOSIDADES I


Fomos a 6 cidades na Índia. Mumbai, Bangalore, Pune, Ahmedabad, Agra, Nova Delhi. Visitamos Universidades, escolas, projetos educacionais,  favelas, templos, monumentos, ashrams, museus. Participamos de rituais, laboratórios e eventos ricos em trocas culturais e pessoais. Jantares e encontros com mentes brilhantes, gente interessante e comidas picantes. E ainda de redondas rodas de ciranda que nos colocavam, brasileiros e indianos, no mesmo fôlego e compasso, mais do que no BRICS.
Dessas experiências, iniciarei compartilhando curiosidades que contextualizam o cenário vivido para então chegar à educação.

POPULAÇÃO:
Eu achava que o Brasil era populoso, mesmo já tendo ido à China. Mas desta vez foi diferente. Talvez eu tenha sentido mais as pessoas. Entre no Taj Mahal e sentirá o que quero dizer. Sei que achei o nosso país pequeno. A Índia tem 1 bilhão e 200 milhões de habitantes. Um bilhão a mais do que nós! Imagine a Finlândia com seus 5 milhões! Relativo. Tudo é relativo.


CURIOSA PROPORÇÃO:
Perguntei a um guia qual a proporção entre homens e mulheres, visto que se vê muito mais homens pelos lugares. Achei curioso o modo como respondeu: “Para cada mil homens, 900 mulheres.” Nós usaríamos a proporção 10 para 9 ou no máximo 100 para 90, não é? Afinal, somos apenas 200 milhões! Tudo é relativo!

POLUIÇÃO E CORES:
As cidades possuem construções antigas e mal cuidadas, sendo marcadas pela cinzenta e densa poluição. Mas, da monocromia cinza brotam cores vindas das vestimentas, das especiarias, das pinturas e decorações. Mandalas de flores espalham-se pelos lugares, colorindo e embelezando o ambiente. Um charme! Enquanto a poluição promove lindos pores do sol, avermelhando em espetáculo os vários tons de cinzas. E mais uma vez, as várias conexões caóticas, neste caso, das cores, não agridem o olhar, mas deixa tudo lindo! Coisas da Índia.


VESTIMENTA:
Há duas roupas bem comuns entre as mulheres, sempre com lenços, caximiras, panos, muitos panos. O sari é composto por um tecido de 6 metros que se enrola ao corpo. Usa-se com um top. E o shalwaar kameez que é um conjunto de calça, túnica e dupatta (echarpe), usado e aprovado por mim. Ultra confortável. Entre os homens se vê dhoti, um pano enrolado no corpo como se fosse saia, mas é mais comum o kurta pajama, que é a bata longa com a calça. Mas se vê muito homem de calça e camisa, na maioria xadrez. E entre os jovens começa-se a se ver os efeitos da globalização e ocidentalização.
Curioso... Os saris mostram a barriga. E está tudo bem até nas mais foras de forma ou mais velhas. Mas ouse mostrar as pernas! Adoro essas construções feitas pela cultura! Ajuda a refletir também a nossa!

ASSESSÓRIOS E CIA:
O assessório costuma ter muita cor e brilho. O mais frequente é o bindi, uma marca na testa. São de várias cores e formatos e são várias as histórias de seu simbolismo. Em suma, o chamado terceiro olho ou olho da sabedoria, é para os hindus um dos pontos mais importantes do corpo. Serve como proteção e para a concentrausam a  homens gostam da tintura e comportamziam: ção  do eu interior no verdadeiro mundo, o espiritual. Corresponde a intuição, percepção e desenvolvimento do conhecimento. E em muitos lugares é-se recebido com a marca. Muitas mulheres também pintam a fronte na raiz do cabelo emitindo sinais culturais: é casada. E é comum homens com hena.


TRÂNSITO:
Sabia que o transito na Índia era uma loucura, mas não imaginava o quanto. É experiência com emoções andar de Tuk Tuk (Oto) em meio a tantos outros, a tantas pessoas, buzinas, carros, motos, ônibus, a tantos tudo tão próximos do corpo! Pode-se ainda deparar-se com vaca, camelo, macaco, elefante em meio a pista. Sinal vermelho e verde? Existe, mas não tem serventia. É na base do “Salve-se quem puder” e do “vai ou vai”. Incrivelmente, raríssimos são os acidentes, atropelamentos, brigas, xingamentos. E vê-se muita coordenação,  percepção, habilidade espaço-temporal e flexibilidade dos que participam desse caos loucamente embalado a muita buzina. Os indianos diziam: “Buzinar é costume.” Mas como saber qual a buzina é para você? Eles não sabiam. A buzina parecia ser apenas um som da Índia.

Na próxima postagem, outras tantas curiosidades. Acompanhe, comente, acrescente.

15 comentários:

  1. Anônimo1/07/2015

    Profe profe profe, que delícia é viajar com a senhora! Aguardando o próximo capitulo. beijão da Bia Matos

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    1. Bia, então aperte os cintos que só estamos começando. bj grande

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  2. Anônimo1/07/2015

    Lígia, primeiro quero agradecer pela sua generosidade de compartilhar o que viu. E então, agradecer por engrandecer o nosso mundo.
    Adoraria conhece-la pessoalmente.
    Um grande abraço
    Fernanda Martins

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    1. Fernanda, esse mundo é tão pequeno. Quem sabe nos encontraremos em breve. bj grande

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  3. Anônimo1/10/2015

    Obrigada Ligia por compartilhar o seu conhecimento com a gente.
    Beijo
    Mirtes

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  4. Anônimo1/10/2015

    Parabéns Ligia ! É muito gostoso "viajar" com você! Bjo
    Karina Leite Ramos

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    1. Karina querida, continuemos. Há muito vôo ainda pela frente. :))))
      beijo grande

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  5. Anônimo1/10/2015

    Que bom vc compartilhar suas experiencia. Achei curioso o transito da Índia.
    Carlos BJ

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    1. Olá Carlos! É mesmo muito curioso o trânsito. Mas bem mais que isso. kkk É uma loucura!

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  6. Anônimo1/14/2015

    Parabéns Ligia ! É muito gostoso "viajar" com você! Bjo
    Karina C. Leite Ramos

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  7. Anônimo1/14/2015

    Ligia, adorei relembrar através do teu blog! Beijos!
    Marcia Forster Wazlawik

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    1. Marcia, que bom foi ter a sua companhia. Aprendi muito com você. bj grande

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  8. Anônimo2/07/2015

    é mesmo tudo é muito diferente e colorido, agora transito é assim em todo lugar, prefiro uma vida sem transito.

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    1. Anderson, acho que todos nós preferiríamos uma vida sem trânsito. Ufa! Que maravilha seria! Mas voltando para o Brasil achei o trânsito ótimo! kkk Tudo é relativo.

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