Fomos a 6 cidades na Índia. Mumbai, Bangalore, Pune, Ahmedabad, Agra,
Nova Delhi. Visitamos Universidades, escolas, projetos educacionais, favelas, templos, monumentos, ashrams,
museus. Participamos de rituais, laboratórios e eventos ricos em trocas
culturais e pessoais. Jantares e encontros com mentes brilhantes, gente
interessante e comidas picantes. E ainda de redondas rodas de ciranda que nos
colocavam, brasileiros e indianos, no mesmo fôlego e compasso, mais do que no
BRICS.
Dessas experiências, iniciarei compartilhando curiosidades que
contextualizam o cenário vivido para então chegar à educação.
POPULAÇÃO:
Eu achava que o Brasil era populoso, mesmo já tendo ido à China. Mas desta
vez foi diferente. Talvez eu tenha sentido mais as pessoas. Entre no Taj Mahal
e sentirá o que quero dizer. Sei que achei o nosso país pequeno. A Índia tem 1
bilhão e 200 milhões de habitantes. Um bilhão a mais do que nós! Imagine a
Finlândia com seus 5 milhões! Relativo. Tudo é relativo.
CURIOSA PROPORÇÃO:
Perguntei a um guia qual a proporção entre homens e mulheres, visto
que se vê muito mais homens pelos lugares. Achei curioso o modo como respondeu:
“Para cada mil homens, 900 mulheres.” Nós usaríamos a proporção 10 para 9 ou no
máximo 100 para 90, não é? Afinal, somos apenas 200 milhões! Tudo é relativo!
POLUIÇÃO E CORES:
As cidades possuem construções antigas e mal cuidadas, sendo marcadas
pela cinzenta e densa poluição. Mas, da monocromia cinza brotam cores vindas
das vestimentas, das especiarias, das pinturas e decorações. Mandalas de flores
espalham-se pelos lugares, colorindo e embelezando o ambiente. Um charme! Enquanto
a poluição promove lindos pores do sol, avermelhando em espetáculo os vários
tons de cinzas. E mais uma vez, as várias conexões caóticas, neste caso, das
cores, não agridem o olhar, mas deixa tudo lindo! Coisas da Índia.
VESTIMENTA:
Há duas roupas bem comuns entre as mulheres, sempre com lenços, caximiras,
panos, muitos panos. O sari é composto por um tecido de 6 metros que se enrola
ao corpo. Usa-se com um top. E o shalwaar kameez que é um conjunto de calça,
túnica e dupatta (echarpe), usado e aprovado por mim. Ultra confortável. Entre
os homens se vê dhoti, um pano enrolado no corpo como se fosse saia, mas é mais
comum o kurta pajama, que é a bata longa com a calça. Mas se vê muito homem de
calça e camisa, na maioria xadrez. E entre os jovens começa-se a se ver os
efeitos da globalização e ocidentalização.
Curioso... Os saris mostram a barriga. E está tudo bem até nas mais
foras de forma ou mais velhas. Mas ouse mostrar as pernas! Adoro essas
construções feitas pela cultura! Ajuda a refletir também a nossa!
ASSESSÓRIOS E CIA:
O assessório costuma ter muita cor e brilho. O mais frequente é o bindi,
uma marca na testa. São de várias cores e formatos e são várias as histórias de
seu simbolismo. Em suma, o chamado terceiro olho ou olho da sabedoria, é para
os hindus um dos pontos mais importantes do corpo. Serve como proteção e para a
concentra do eu interior no verdadeiro mundo, o
espiritual. Corresponde a intuição, percepção e desenvolvimento do conhecimento.
E em muitos lugares é-se recebido com a marca. Muitas mulheres também pintam a
fronte na raiz do cabelo emitindo sinais culturais: é casada. E é comum homens
com hena.
ção
TRÂNSITO:
Sabia que o transito na Índia era uma loucura, mas não imaginava o
quanto. É experiência com emoções andar de Tuk Tuk (Oto) em meio a tantos
outros, a tantas pessoas, buzinas, carros, motos, ônibus, a tantos tudo tão
próximos do corpo! Pode-se ainda deparar-se com vaca, camelo, macaco, elefante
em meio a pista. Sinal vermelho e verde? Existe, mas não tem serventia. É na
base do “Salve-se quem puder” e do “vai ou vai”. Incrivelmente, raríssimos são
os acidentes, atropelamentos, brigas, xingamentos. E vê-se muita coordenação, percepção, habilidade espaço-temporal e
flexibilidade dos que participam desse caos loucamente embalado a muita buzina.
Os indianos diziam: “Buzinar é costume.” Mas como saber qual a buzina é para
você? Eles não sabiam. A buzina parecia ser apenas um som da Índia.
Na próxima postagem, outras tantas curiosidades. Acompanhe, comente, acrescente.
Profe profe profe, que delícia é viajar com a senhora! Aguardando o próximo capitulo. beijão da Bia Matos
ResponderExcluirBia, então aperte os cintos que só estamos começando. bj grande
ExcluirLígia, primeiro quero agradecer pela sua generosidade de compartilhar o que viu. E então, agradecer por engrandecer o nosso mundo.
ResponderExcluirAdoraria conhece-la pessoalmente.
Um grande abraço
Fernanda Martins
Fernanda, esse mundo é tão pequeno. Quem sabe nos encontraremos em breve. bj grande
ExcluirObrigada Ligia por compartilhar o seu conhecimento com a gente.
ResponderExcluirBeijo
Mirtes
Mirtes, obrigada.
ExcluirGrande abraço
Parabéns Ligia ! É muito gostoso "viajar" com você! Bjo
ResponderExcluirKarina Leite Ramos
Karina querida, continuemos. Há muito vôo ainda pela frente. :))))
Excluirbeijo grande
Que bom vc compartilhar suas experiencia. Achei curioso o transito da Índia.
ResponderExcluirCarlos BJ
Olá Carlos! É mesmo muito curioso o trânsito. Mas bem mais que isso. kkk É uma loucura!
ExcluirParabéns Ligia ! É muito gostoso "viajar" com você! Bjo
ResponderExcluirKarina C. Leite Ramos
Ligia, adorei relembrar através do teu blog! Beijos!
ResponderExcluirMarcia Forster Wazlawik
Marcia, que bom foi ter a sua companhia. Aprendi muito com você. bj grande
Excluiré mesmo tudo é muito diferente e colorido, agora transito é assim em todo lugar, prefiro uma vida sem transito.
ResponderExcluirAnderson, acho que todos nós preferiríamos uma vida sem trânsito. Ufa! Que maravilha seria! Mas voltando para o Brasil achei o trânsito ótimo! kkk Tudo é relativo.
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