No museu Metropolitan em Nova Iorque, apreciando os quadros, notei que
independente da época e do país as meninas muito se parecem em seus
comportamentos. Mudam-se as roupas, as formas de interagir e agir, os objetos
que as atraem, mas a essência me parece a mesma.
Primeiro, requerem a mão de quem as cuidam para inserirem-se com
segurança no desconhecido mundo ao seu redor.
Cecilia Beaux Ernesta (Child with nurse) |
Mais desenvolvidas socialmente, agrupam-se para brincarem, brigarem,
disputarem poder e fazerem conchavos. E já mostram bem a personalidade.
Frank W. Benson Children in woods. |
Possuem também os momentos de solidão, tristeza e rejeição. Quem já
não passou por isso?
Robert Henri Dutch girl in white. |
Trocam entre elas conhecimentos, fofocas, segredos que na primeira
briga irão as comprometer. As menores adoram estar entre as maiores. O mundo
abre-se repentinamente, fazendo-as crer que já são grandes.
James Jebusa Shannon Jungle Tales. |
Um pouco maiores, continuam a se agruparem, mas as conversas são
outras. E a postura também.
William Mc Gregor Paxton Tea leaves. |
E não podia faltar o tédio que as lançam na cama trazendo um misto de
prepotência, sensualidade, mesmice e inquietude. Hora de se verem mulher e dar
conta do rumo que irão tomar.
John White Alexander Repose. |