Quantos
medos povoam a mente de uma criança, e quantos deles seguem à vida adulta! Medo
do escuro, do ambiente estranho, de ficar só, de interagir, de ser rejeitado, de
não conseguir, de perder os pais, entre tantos. Contudo, nenhum medo deve ser
tratado como bobagem. E é bom que seja resolvido. Volto no quarto da minha infância,
onde dormia com meus irmãos. Num dos cantos moravam nossas fantasias para além das
alojadas em nós. Livros, discos, bonecas, jogos e brinquedos de toda forma e
cor. À noite, após uma história, apagava-se a luz, e ligava-se o medo. Eu
acreditava que os brinquedos ganhavam vida enquanto dormíamos. Era fascinante a
ideia, mas era aterrorizante pensar o que eles poderiam fazer, no mesmo espaço
que nós, e livres dos nossos comandos! Além disso, no escuro, os monstros, as
sombras, os barulhos, a imaginação potencializavam-se. Ai o ranger da escada e
o vento fazendo gemer a janela! Eu queria a luz acessa. Minha irmã a luz
apagada. Ela dizia que assim não veríamos os monstros. E eu argumentava que era
bom vê-los, conhecê-los, averiguar o tamanho, antecipar seus atos, nos proteger
e encarar o que nos afligia. Mas vencia a luz apagada. Assim, aprendi, no
escuro, a lidar na imaginação com o que me afligia. E na luz, a olhar nos olhos
do medo, buscando enfrentá-lo com todas as minhas forças e fraquezas. Hoje meus
escuros, monstros e medos são outros e ainda assim procedo. Aprendi que fugir
ou esconder o medo, só o atrai. Mas encarar, enfrentar e ressignificar o medo,
liberta. Ajude o seu filho nessa conquista.
Parabéns Prof Ligia Pacheco pela matéria.
ResponderExcluirRose Andrade.
Obrigada Rose. Use e abuse. bjs
ExcluirE muitas vezes quando mal resolvidos acabam nos perseguindo para nossa vida adulta.
ResponderExcluirEdi Marques
Esta é a ideia: Ajudar a criança a identificar, a encarar, enfrentar e ressignificar o "tamanho" do medo, para que esse nem chegue com ela a fase adulta, e ainda para que aprenda a lidar com outros que virão.
Excluirbeijo grande
Muito bom tema, descrito com sabedoria e leveza! Beijos
ResponderExcluirEdna Marchini
Edna querida, namastê!
ExcluirQue bom ler isso vindo de uma grande educadora como você.
bj grande
Amei professora! Saudades, Bjs
ResponderExcluirMiriam Mirtes Stadler
Miriam, os medos é que nos mantém vivos. Mas medos que travam, esses não valem a pena. bjs bjs e que bom te ver por aqui. :)
ExcluirMto legal. Serve para medos adultos tb... Gostei Bjs
ResponderExcluirPaula Penteado
Isso mesmo Paulita bacana! Aliás, os aprendizados da infância são muito mais ricos do que podemos imaginar. Grata, por ter nesse meu percurso, ensinado tanto!
ExcluirE saio cantando... Eu sou a filha da Paulita bacana...
bjs e amo você.
Adorei. Parabéns, Ligia! Bjs
ResponderExcluirMárcia Maranhão
Oi Marcia, obrigada, obrigada. É uma honra ser lida por você. um beijo grande.
ExcluirPubliquei no meu Facebook. Adoro suas materias em ambos, blog e coluna Pais e Filhos.
ResponderExcluirQue bom! Eu adoro fazer este blog e ser a primeira leitora. rsrsr Obrigada por compartilhar.
ExcluirGrande abraço
O medo é a forma que encontramos pra fugir das mudanças. Mas a mudança é necessária e implacável. Ai que saudade dos meus medos de criança....hoje....são tão maiores....meu ratinho é um dinossauro...rs.Bjs, PatVal
ResponderExcluiré egalsinnho sei lá não achei muita coisa de interesante não
ResponderExcluirlegalsinho*
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