A Rússia lembra o Brasil em
certos aspectos. É grande na geografia, na população e nas carências. Talvez a
maior delas seja a real liberdade. Afinal, a história de um povo deixa nele
muitas marcas, inclusive em seus governantes, apesar das mudanças. As lindas estações
de metro de Moscou, luxuosas e repletas de obras de artes com referencias
históricas e politicas do país, tinham como meta serem símbolos de que o
comunismo seria o futuro. Mas o McDonald‘s venceu! E o comportamento
capitalista mostra-se no prestígio de quem tem carros e roupas importadas.
Também o padrão chega as escolas, repletas de Macintoshes e outros equipamentos
importados. E, quem tem mais aluno, recebe maior financiamento do governo. Assim,
a concorrência é acirrada e requer novas aprendizagens em investimento, excelência,
administração e marketing. Vê-se ainda nas escolas a marca do totalitarismo,
mas as reformas educacionais prometem mudanças. A primeira delas é adequar a
escola às pessoas e não o contrário como até então se cumpriu. Mas, sabemos que
mudanças paradigmáticas são lentas, pois a cultura já incorporada nos seres dificulta
a percepção das reais transformações necessárias. Vamos aguardar. Todavia, notei
nos seminários e nas instituições educacionais um misto de teorias fundamentando a filosofia e a prática
pedagógica, não apregoando uma forte identidade. Porém, são pressupostos
interessantes, que podem dar uma colcha de retalhos ou um mágico caleidoscópio.
Falaremos mais disso na próxima postagem.
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A tradição |
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A inovação |
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O respeito. Alunos levantam-se ao entrarmos na sala. |