12 de mai. de 2014

103. ALIMENTAR-SE É PRECISO. VIVER TAMBÉM.

Em algumas horas saio para realizar uma pesquisa educacional na Russia, Finlândia e Croácia com um grupo de educadores de todo o Brasil. Vamos em busca de melhores recursos, de concepções, percepções e ações que tem dado certo por lá, para então podermos ampliar nosso olhar por aqui e buscar fazer a diferença. Conhecer outras culturas e outros modos de fazer, além de ampliar nossos mundos, faz com que também possamos nos perceber melhor. Esta é, ao menos, a minha ideia. Assim, o blog ficará um mes sem postagens, mas há várias antigas que você pode aproveitar. Agora lá vou eu alimentar-me. Voltarei com novidades. Até breve.
Grande abraço

10 de mai. de 2014

102. MATERNIDADE: QUE EXPERIÊNCIA!


Quando engravidei tive clara sensação. Nunca mais seria Lígia, mas Lígia acrescida. Foi a transformação mais importante da minha vida além da minha própria vida. A maternidade me centralizou, mudou minha visão de homem e de mundo, e de mim mesma. Mudou meu corpo, minha alma, transformou o meu ser. Ensinou-me a doar, a me entregar, a perceber os instintos em mim. Despertou nova força, uma garra desconhecida, a amar sem medo, sem fronteira e sem medida. Mudou o meu tempo, meu sono, sonhos, preocupações. Mexeu na minha agenda, nas prioridades, nos interesses e até em verdades, valores e princípios. Quanta coisa mudou em mim, e garanto, para melhor. 
Claro que nem tudo são flores, quem é mãe há de concordar. Assusta o tamanho da responsabilidade, as dúvidas e receios de não acertar. Não é fácil educar, ter que se desdobrar, potencializar o tempo, sentir-se esgotada e ter que ter prá dar mesmo quando não se tem. Também enlouqueci, gritei, chorei, zanguei, quis sumir, parar o mundo e descer. Mas não dá, e ainda bem. Pois entre perdas e ganhos, quem arriscaria abrir mão de ser mãe? Eu não. A maternidade me fez mulher, fêmea, guerreira. Deu-me novo sentido de vida, de completude, me fez inteira. Meu mundo ampliou, ganhou magia, cor, vida, energia. Tornei-me maior, melhor, mais feliz. Que experiência! Que maravilha! Quão agradecida sou de ser Lígia acrescida, de ser mãe além de mim, de ser mãe de Gabi e Camila. Começaria tudo outra vez se preciso fosse. 
FELIZ DIA DAS MÃES!

9 de mai. de 2014

101. EU VEJO QUE APRENDI O QUANTO ENSINEI


Tive uma experiência muito interessante nesta semana. Fui convidada a falar para pais de escolas do SESI do Distrito Federal. Duas palestras em cidades diferentes: Taguatinga e Gama. Algo chamou minha atenção: as crianças. Alguns pais as levaram, e então fiz certa adaptação para que elas também se interessassem. E foram fantásticas! Apesar de já ser tarde da noite,  elas deixaram seus pais ouvirem. Houve ali certo encanto, daqueles que a gente não explica.
O tema constava em como as crianças aprendem e como os pais podem ajudar nesta aprendizagem para gerar desenvolvimentos. Um dos tópicos dizia que para ajudar o cérebro a aprender era preciso que a informação dada tivesse algum significado emocional ou estivesse relacionado a alguma coisa que a criança já conhecia. No meu caso, eu teria que usar esta estratégia para que os pais aprendessem o que eu dizia. Conforme fui falando pude notar que eles foram colocando os filhos no colo e os abraçando calorosamente. Era a constatação de que a teoria estava mesmo certa. O que faz sentir, faz sentido. E como não fazer sentido o que eu dizia, quando se tem no colo o calor do filho? Ao final, várias crianças vieram falar comigo, me abraçar, beijar, agradecer. Um deles, com cerca de 7 anos, estendeu o braço e na ponta dos pés quis alcançar minhas mãos. Eu estava lá no palco e ele lá embaixo. Peguei a sua mão e ele disse com seriedade: “Gostei muito da sua palestra!” Pulei do palco com uma felicidade imensa e o abracei. Sim, se faz sentir faz sentido!