Retrato da Menina Maria Tavares de José Pancetti |
1. Desenvolver na criança o olhar critico ao querer. Não é porque
todos têm que ela tem que ter também. Ensiná-la na prática a ser comedida, a resistir
aos apelos de consumo. Identificar e avaliar o que é querer e precisar, a pesar
os prós e os contras, a perceber os reais motivos do querer, a saber querer e
querer quando puder ter e se puder ter. Esperar e se frustrar também faz parte
da vida.
2. Fazer concessões é perigoso. É preciso ensinar a valorizar o
querer. Hoje, a criança parece querer mais o querer do que o objeto que deseja.
Ela ganha o que tanto insistiu, e logo se desinteressa, abandonando o que
desejou. E, logo parte a outro querer. Querer é bom, mas querer só o querer não
é.
3. A criança irá insistir, nos testar, nos chantagear. É bom estar
atento, ser paciente, não comprar nada cansado e nem substituir presente por
presença. Querer educar é sempre uma boa pedida.
4. Somos modelos, e a criança estará mais atenta às nossas ações do
que às nossas palavras. Vale então refletir como temos lidado com os nossos
quereres. Vale querer acertar e querer o que fica.
ps: Veja também minha última coluna na Pais & Filhos e note a revelação surpreendente de uma pesquisa sobre o querer da criança.
Ligia, como sempre um excelente texto. Está cada dia mais preocupante esse consumismo mirim. E muito mais a troca da presença pelo presente. Espero que isso mude...e que os pais percebam a grande importância da palavra EDUCAR e dar limites. Parabéns. Bjs.
ResponderExcluirO consumismo mirim é aprendido com o consumismo "adultil". Os pais precisam primeiramente se educarem. A criança apenas aprende e ainda não tem discernimento do que é bom ou não. Somos os modelos. beijos e obrigada.
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