Ouvi um menino de cerca de 8 anos dando um recado aos professores:
“Usem mais a tecnologia nas salas de aula! Mas se você é velho e não consegue,
tudo bem. Mas, se você tem de 30 a 40 anos, ainda dá para aprender.” Achei
graça do seu parâmetro de velhice, embora eu conheça velhos de 8 anos e jovens
de 80. Por sorte, ele está errado, pois podemos aprender até o último suspiro. Ainda
bem, pois já tenho 48! Nosso cérebro tem um alto poder de plasticidade. Viva!
Mas é preciso disposição e abertura para continuar aprendendo e não se aprende
passivamente. A aprendizagem é intencional e atencional.
Este ano comecei com grandes desafios de aprendizagem. E, por mais que
já tenhamos experimentado algo, sempre há algo novo para desorganizar nossas
conexões neuronais e reorganizá-la de modo mais amplo. Comecei um projeto novo:
“Lígia Pacheco em 3 minutos”. Aprendi a gravar, filmar, editar. Fiz meu
primeiro prefácio para um livro lançado em Portugal. Inesquecível. Fui entrevistada
duas vezes pela BAND NEWS e aprendi dos bastidores da rádio. Dei palestras para
pais e equipe pedagógica de várias cidades em diferentes estados do Brasil: SP,
RJ, PE, BA, DF, GO, RN, CE, ES, MG. Aprendi mais da cultura local, do ser
humano e fui desafiada a estudar ainda mais. E agora embarco para Dubai, China
e Hong Kong com uma missão: pesquisar mais da cultura e da educação do oriente.
Agradeço a Deus por me abençoar tanto e me dar tanta disposição para não
envelhecer, mantendo-me uma eterna aprendiz. Até a volta!