Se você está lendo este texto, eu diria: você não é do tipo que deixa o
filho ao sabor do vento, entregue a si mesmo ou a terceiros. Mas aposto que
você conhece crianças, e até amigos de seu filho, que são criados assim, à
deriva. E podemos pensar: que sorte que tem o seu filho em ter pai e/ou mãe
preocupados em aprender sobre a educação e aprimorá-la. E que azar da outra
criança ter nascido em lar sem comando e responsabilidade. Mas não é bem assim,
pois vivemos de relações e o seu filho convive com outras crianças. Então,
importa sim como elas são educadas, uma vez que as relações influenciam muito o
desenvolvimento do seu filho, para o bem e para o mal. Mas o que fazer? Colocá-lo
numa redoma? Não, mas ensiná-lo o que convém e o que não convém deixar
influenciar. Não é fácil com os pequenos, pois são como esponjas que absorvem
tudo. Fique de olho e vá ensinando a partir do cotidiano e das relações que a
criança trava, os comportamentos que você aprova e reprova, dizendo sempre o
porque, mesmo que ela seja bem pequena. E também acolha os amigos fazendo-lhes
bem. Lembro que minhas filhas diziam quando os amigos iam em casa: “Você não é
a mãe deles, tá?” Já me conheciam e sabiam que por vezes eu iria interferir,
não como mãe, pois este não era o meu papel. Mas, como educadora, pensando no
bem deles, no das minhas filhas, no bem comum. Prepotência a minha? Não,
cuidado. E posso dizer que as crianças, e depois os adolescentes amigos
gostavam. E muitos, vinham pedir orientações e colo. Afinal, quem gosta de
ficar à deriva?
Oriento FAMÍLIAS, seus FILHOS e formo PROFESSORES. Este BLOG traz conhecimentos experimentados na minha prática com reflexões e dicas para quem ENSINA e APRENDE. Contato: email: prof.ligiapacheco@gmail.com Instagran: @ligiapa
19 de out. de 2016
5 de out. de 2016
186. MEU PAI FOI DEMITIDO!
A cada dia temos visto pessoas próximas a nós serem demitidas. Profissionais
qualificados, medianos e excelentes. Não importa. Enxugar e diminuir gastos tem
sido a palavra de ordem nesta crise complicada. Ser demitido mexe com qualquer
um, mesmo com uma justificativa como esta. E não é fácil chegar em casa e
contar para a família. Curioso notar que por mais que as mulheres estejam
empoderando-se, brigando por igualdade e bancando muitos dos lares, percebo que
ainda são os homens os que mais sofrem com as demissões. Por muito tempo eles tiveram
um papel muito definido: o de provedores. Por mais que isto esteja mudando há
anos, noto muitos homens com uma vergonha social por estarem demitidos e temem
não proverem a família. Muitos conseguem contar à esposa, mas têm grande
dificuldade de contar aos filhos. Inventam histórias para amenizar ou aliviar. Bobagem.
Quem é fracassado na crise? Além disso, a criança sabe muito pouco sobre demissão.
O modo como você lidar com esta situação, será o modo como a criança irá
aprender sobre ela. Minha opinião: seja transparente com o seu filho e o ensine
sobre o mundo real. Não é bom que os filhos nos vejam como infalíveis ou
super-heróis. Aproveite este rico momento de aprendizagens, como por exemplo, a
educação financeira, a flexibilidade em relação aos programas e aos gastos,
aproveitar mais os momentos juntos e compartilhar as situações reais de acordo
com a idade da criança. Crie convivências econômicas, aperte o cinto, aperte o
abraço e lute em família que fica mais fácil e lindo.
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