Visitei escolas particulares e públicas
em Pequim, Shangai e Hong Kong, além de participar de seminários com
representantes do Ministério da Educação Chinesa. O que notei?
1. Eles recebem
muito bem os seus convidados. Em todas as escolas havia um luminoso de boas
vindas. E na maioria, tivemos apresentação de danças e músicas que divulgavam a
sua cultura. 2. Eles tem plena consciência do que conquistaram, tem
autoconfiança, sabem os desafios que os esperam e colocam prazos bem definidos
para alcança-los. Inclusive já perceberam que muita pressão não tem ajudado na
qualidade e estão revendo isso. 3. Entre a média mais baixa e a mais alta dos
estudantes das escolas a diferença é mínima. Ou seja, todos os alunos são muito
bons. 4. Bons, pois nota-se muita organização, disciplina, estudos individuais,
investimento em estrutura, conteúdos acadêmicos, esportes e artes, além de
muito apoio da família. 5. A concentração dos alunos é surpreendente.
Entrávamos em salas de aulas de diferentes faixas etárias e os alunos não
perdiam o foco. Fiquei a pensar em nossas crianças e na Ritalina (remédio para
TDAH) cada vez mais presente em nossas salas de aula. 6. Ao perguntarmos como
lidavam com a indisciplina, ficaram confusos ao responder. Logo notei que este
problema não existe, pois não há espaço para ele. 7. Sempre fui avessa às
premiações aos estudantes. E o que mais vi nas escolas eram troféus e
divulgação dos melhores alunos nisso ou naquilo. Mas, gostei da intenção: usam
a premiação para fortalecer a autoconfiança, o que facilita ao aluno
desenvolver seus pontos mais fracos. 8. E o que achei mais maravilhoso:
acreditam no potencial do aluno e investem para o seu desenvolvimento. Bem, nem
tudo que vi gostei, mas gostei de muito do que vi.