Minha filha de 16 anos está em intercâmbio no Canadá. Ontem contava-me
empolgada sobre uma nova disciplina que terá.
O objetivo é fazer com que os alunos vivenciem a experiência de terem
filho, sentirem na pele a responsabilidade e as consequências de ser pai ou mãe
na adolescência. Entre outras atividades, recebem um bebê robô, cheio de
sensores e que se porta como uma criança real. Chora, tem fome, sente cólica,
faz manha, quer aconchego, dá trabalho, dá alegria. Os “pais” precisam dar
assistência a toda e qualquer necessidade e não podem desligá-lo nem de
madrugada, nem durante as aulas, nem em baladas ou em qualquer momento do dia,
assim como um bebê real. Além disso, eles têm programações que são simulações
de bebês que foram estudados. Assim, há bebês bonzinhos, outros mais ou menos e
há os mais complicados. E cada “mãe” ou “pai” receberá na sorte o seu. Esta
relação e cuidado será monitorada por um computador e pelo professor que
avaliarão e darão feedbacks e notas aos novos “pais”.
É uma experiência simplesmente fantástica. Afinal, não há nada mais
eficiente do que aprender vivenciando. Por isso, ressalto a importância de
deixarmos os filhos vivenciarem as situações, sejam quais forem, ainda que de
forma simulada, para que possam melhor compreendê-las. Palavras não têm tanto
poder quando comparadas às ações. Pensemos nisso e, com bom senso, proporcionemos
aos filhos vivências importantes ao seu desenvolvimento.
Um excelente começo de
ano a todos nós!