Queridos Pais e Mães,
Ontem cheguei do trabalho por volta das 21 hs. Do outro lado da calçada, um jovem de cerca de 23 anos andava de um lado ao outro com um imenso facão nas mãos. Pelo seu movimento não era fácil intuir que esperava alguém. Estava bem vestido, tinha um carro de luxo e aparentava ter tido boas oportunidades na vida. Rapidamente o cenário se criou em minha mente. E pode não ser real, mas creio ter grandes possibilidades que eu esteja certa, embora amaria estar errada. Imaginei o rapaz levando um fora da namorada, e por não saber o que é um “não”, iria buscar resolver com a estrutura psíquica que lhe foi formada desde a infância. Não importa a minha imaginação, mas sabemos o quanto há de crianças e jovens sem inteligência emocional. Nem precisa procurar, basta olhar ao lado. Dizer NÃO à criança, deixar que ela se frustre, dar limites claros, não barganhar, não ceder, não passar a mão na cabeça, não ser submisso (a) ou subserviente a ela, não deixar que ela nos eduque e nem nos condicione, não fará de nós pais menos amados. Pelo contrário, elas nos respeitarão e nos admirarão mais, e também nos amarão mais. E serão seres mais equilibrados e melhores preparados para viver consigo e em sociedade. Não deixemos para arrumar depois. Se educar dá trabalho, consertar os erros dá bem mais. Além disso, a infância é a base de tudo. E bons “nãos” ajudam a estruturar uma base segura.