18 de nov. de 2014

128. PENSAMENTO INDIANO E A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS.

Meu pai e minhas filhas. Foto com várias interpretações. 

Essa postagem foi pré-programada, assim como as anteriores. Hoje  escrevo no presente imaginando a possibilidade do futuro.
Nesse momento, devo estar do outro lado do mundo há 10 dias, fazendo mais uma pesquisa educacional, cultural e pessoal. Visitando escolas, universidades e tendo encontros com mentes brilhantes que percebem a educação de modo bem diferente do mundo ocidentalizado. Devo ainda estar conhecendo mais uma cultura e alimentando os meus sentidos num país tão diferente, país dos contrastes, onde parece se perceber simultaneamente o caos e a paz.
Dizem que quem vai a India volta transformado. E sei que assim voltarei, pois quando nos abrimos às novas aprendizagens, e elas acontecem, nossos circuitos mentais já não são os mesmos, transfomando nossa visão de mundo e de gente, incluindo a nós mesmos. Além disso, lá farei 50 anos, o que será bem significativo para mim.
Por ora, deixo-lhes um pensamento indiano que, a mim, muito diz dos filhos e das possibilidades que a educação irá gerar. E na volta trarei as novidades já vividas e as transformações experimentadas.

Para refletir:
A semente carrega em si a memória do passado e a possibilidade do futuro.

Até a volta!

12 de nov. de 2014

127. PRESIDENTE DA PRÓPRIA VIDA.


Em um dos estágios que minha filha passou, encontrou em sua mesa o seu nome com uma observação abaixo: Presidente (da sua própria vida). Foi uma brincadeira de boas vindas do colega e que achei genial. Pois é exatamente o que eu acredito e que busquei prepara-la para tal. Aos 19 anos, Gabi já havia passado por alguns estágios em áreas distintas para melhor conhecer a profissão que havia escolhido. Confesso que fiquei em conflito, pois desde os 17 já trabalhava, estudava, cuidava da casa e já começava a pagar as primeiras contas. Temi que estivesse pulando etapas. Porém, ao olhar para os jovens do primeiro mundo, via que eles faziam o mesmo percurso. Nós brasileiros somos mais protetores ou até exageradamente superprotetores. Foi então que Gabi recebeu uma proposta do trabalho dos seus sonhos e que havia batalhado por ele. Não era mais um estágio. Refletiu, trocamos muitas conversas, percebeu que a vida de adulto começara. Dirigiu-se ao empresário e lhe disse que estava lisonjeada com a proposta, mas que precisaria parar um pouco para refletir o rumo que queria dar a sua vida. Ele respondeu-lhe: “Voe...voe... e na volta pouse aqui.” E lá foi ela para a Austrália estudar, desenvolver novas habilidades, enquanto vivencia outra cultura, outros trabalhos, explora lugares e se conhece melhor. Ser presidente da própria vida também é processual. Prepare o seu filho desde pequeno para ir assumindo as suas escolhas, decisões, erros, problemas, conflitos. Não o abandone ou assuma por ele, mas seja seu parceiro-orientador nessa empreitada. E delicie-se com os frutos.





7 de nov. de 2014

126. SERÁ QUE CONHEÇO O MEU FILHO/ALUNO?



Sabemos que o conhecimento amplia a nossa percepção e aumenta nossas possibilidades de ação. Se você é formado, por exemplo, em odontologia, você terá uma percepção bem diferente do sorriso das pessoas do que a de um leigo. Se é formado em arquitetura, sua visão para as construções deve ser bem mais ampla do que a visão de um advogado ou médico. Basta ver quando fazemos faculdade, o quanto o conhecimento amplia a nossa percepção naquela área, aumentando as chances de acerto nas ações. Mas e com os filhos? Uma faculdade para pais ajudaria tanto!
Graças a essa necessidade é que criei esse blog como também tenho ministrado palestras e cursos pelo Brasil para pais e professores abordando temas diversos.
Se você tiver interesse em alguma palestra para a sua instituição ou se quiser fazer um grupo de pais para ampliar os conhecimentos sobre o desenvolvimento e a educação dos filhos, e poder agir com mais consciência e assertividade, contate-me. Tenho certeza que você conhecerá muito mais do seu filho/aluno, de suas potencialidades e possibilidades. E poderá fazer grande diferença no seu desenvolvimento.

3 de nov. de 2014

125. BAÚ VERDE

Bel

Trocando e-mails com Valéria Tavares fui tocada por sua ideia, profissionalismo e pessoa. Pedi-lhe então que escrevesse um texto para aqui postar. Ei-lo.

“A Bel nasceu em Londres, e lá era tudo mais fácil. Fiz uma boa rede de mães e trocávamos não só dicas e conselhos, mas também roupas e brinquedos. Quando precisava comprar algo, quase sempre escolhia comprar usado. Objetos que não tinham mais utilidade eram rapidamente passados adiante.
Aí nos mudamos para o Brasil. Foi no susto. Descobri um câncer quando estava aqui de férias e ficamos para fazer o tratamento. Como não foi uma mudança planejada, o estranhamento foi grande. Ao olhar a nosso redor, ficamos assustados com o que vimos: preços surreais e mesmo assim um consumismo exacerbado. Crianças que de tanto terem tudo não apreciavam nada. Uma cultura do “é meu” que não dava espaço para uma visão coletiva. Pensamos: não é assim que queremos criar nossa filha.
Por acaso, essa reflexão se deu na época do aniversário da Bel. Trouxemos da Inglaterra dois brinquedos incríveis com a certeza de que seriam um sucesso: um patinete com banquinho e um andador de madeira com blocos. Ela detestou os dois. Começou a andar só com 16 meses então até lá os brinquedos não faziam sentido para ela. Viraram decoração. E foi por isso que criamos o Baú Verde. Alugamos brinquedos para o dia-a-dia de crianças de 0 a 4 anos. São aqueles brinquedos do dia-a-dia mesmo, super importantes para o desenvolvimento das crianças mas que são caros e logo são ignorados. O Baú Verde é nossa contribuição para aqueles pais que, como nós, querem dar diferentes estímulos para os filhos de uma forma mais consciente e sustentável.
Para conhecer melhor, acesse: www.bauverde.com.br.”